Sl 77. EM TEMPOS DE GRANDE AFLIÇÃO :

Sl 77.  EM  TEMPOS  DE  GRANDE  AFLIÇÃO :

2011-06-10 00:50

Sl 77.  EM  TEMPOS  DE  GRANDE  AFLIÇÃO :

 

    Este salmo como outros são atribuídos a Asafe, que era um dos dirigentes de coros, era Levita da época do Rei Davi. Para o mestre de música, Jedutum este salmo, um dos mestres de corais(1Cr 16.41,42; 25.1,6; 2Cr 5.12) há quem afirme ser Etã(1Cr 6.44; 15.19). a coletânea de salmos conhecidos como Asafitas correspondem ao número de respectivamente 11 salmos, que vai do Sl 73 ao Sl 83.

                     1  “clamo a Deus por socorro;

                      Clamo a Deus que me escute.   

                      2   Quando estou angustiado, busco o Senhor;

                      De noite estendo as mãos sem cessar,

                      A minha alma está inconsolável!”

 

    Em tempos de grande aflição, a família de Asafe clamava a Deus por socorro, que Deus o escutasse quando angustiado de alma inconsolada. A angustia é uma grande aflição, pois a ansiedade é marcante, por isso o estender das mãos sem cessar, de noite uma busca em meio a agonia, ânsia na tribulação.  

                           3 “lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro;

                            Começo a meditar,

                           E o meu espírito desfalece. (pausa)         

                          4    Não me permites fechar os olhos;

                          Tão inquieto estou que não consigo

                           Falar.”

    O pedido de socorro era tão forte, a ponto de o salmista não conseguir dormir, a insônia, uma porta para o estresse e a depressão. A inquietude, perturbação era tão intensa  a ponto de sumirem as palavras.

  1. “fico a pensar nos dias que se foram,

         Nos anos há muito passados;

  1. De noite recordo minhas canções,

        O meu coração medita,

        E o meu espírito pergunta:

  1. Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre?

        Jamais tornará a mostra-nos o seu favor?

  1. Desapareceu para sempre o seu amor?

       Acabou-se a sua promessa?

      9 Esqueceu-se Deus de ser misericordioso?

      Em sua ira refreou sua compaixão?”

(pausa)

    Mesmo nestes momentos de grande aflição, o salmista pensa, recorda dos tempos passados, na noite lembra de suas canções, (era um ministro de louvor).

    Como coração, com a alma medita, submete-se a exame interior, concentra o seu espírito, e daí surgem as reflexões. As perguntas  são fortes; já pensou na rejeição perene, eterna de Deus? Deixar de mostrar o Seu favor? O não mais de Deus se manifestar com o seu amor? O fim das grandes promessas? Pense nos pensamentos quando se está no silencio de Deus! Será que as misericórdias de Deus não seriam mais reveladas?

  1. “então pensei:a razão da minha dor

       É o que a mão direita do altíssimo não age mais.

  1. Recordarei os feitos do Senhor;

       Recordarei os teus antigos milagres.”

    A partir do verso 10 em diante, vemos a mudança de atitude do salmista, de ignorar a aparente inabilidade de Jeová, pois o seu olhar além da angustia do presente, o olhar da fé em meio aos grandes feitos que o senhor já havia operado na história do povo hebreu. Agora passa a recordar os feitos, os milagres do Senhor.

  1. “meditarei...considerarei todos os teus feitos”

    A meditação agora era positiva, o  meditar nas misericórdias de Deus no passado, fortalece nos momentos difíceis. A fé traz a tona a grandeza de Deus.

  1. “teus caminhos, ó Deus, são santos.

       Que deus é tão grande como o nosso Deus?

  1. Tu és o Deus que realiza milagres;

       Mostras o teu poder entre os povos.

  1. Com o teu braço forte resgataste o teu povo, os descendentes de Jacó e de José. (selá –pausa)

    Não há deus grande como o Deus de Israel, os milagres são evidenciados, vemos isto na passagem a pés enxutos do povo em meio ao Mar Vermelho (mar de Juncos). A linguagem poética apresenta a natureza se submetendo a tão grande poder (v16) “as águas te viram, ó Deus,... se contorceram; Até os abismos estremeceram”

  1. “as nuvens despejaram chuvas,...trovão;as tuas flechas reluziram em todas as direções.
  2. No redemoinho, estrondou o teu trovão;                                                                                                                                                  Os teus relâmpagos iluminaram o mundo; a terra... sacudiu-se.
  1. A tua vereda passou pelo mar,                                                                                                                                                                  O teu caminho pelas águas poderosas,                                                                                                                                                     E ninguém viu as tuas pegadas.
  1. Guiaste o teu povo como a um Rebanho Pela mão de Moisés e de Arão.”

 

O desfecho é poderoso na meditação do salmista Asafe, em tempos de grande aflição, lembremos dos grandes feitos do Senhor.

 

 

                 Jeferson L.S.Rocha.